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QUE TODOS SEJAM UM (Jo 17,21-23)

QUE TODOS SEJAM UM (Jo 17,21-23)

Olhar para o Pentecostes, a festa que celebrada neste último domingo, onde o Espírito Santo de Deus desceu com poder sobre todos os Apóstolos e Nossa Senhora no Cenáculo, e saber que todos estavam reunidos para que isso pudesse acontecer. Esta realidade nos chama a atenção para algo muito importante na vida da Igreja, que devemos refletir e viver, que é a experiência da comunhão e da unidade. A Igreja é comunhão! Este é o efeito da obra magnífica de Deus: a unidade. A unidade dos cristãos precisa ser um sinal de testemunho.

Assim nos diz o Papa Bento XVI: “o cartão de visita da Igreja no curso da sua história universal”. Diante desse ensinamento, como cristão precisamos priorizar a unidade, para “que todos sejam um…”. Por isso que, como Igreja, não devemos nos deixar ser amordaçados por ideologias, sejam elas quais forem. Precisamos seguir as pegadas do Mestre Jesus com a liberdade que Ele próprio nos deu, sem nos fecharmos em nós mesmos. Quando um cristão, uma comunidade, uma pastoral, movimento ou organismo se fecha para si mesma, em seu modo de agir, pensar e trabalhar implica num grande sinal de que se afastou do Paráclito e daquilo que Jesus nos pede.

O caminho do cristão e da vida missionária da Igreja precisa ser em primeira instância, o da unidade, tendo em mente que, a unidade é diferente da uniformidade, pois a mesma se manifesta na pluralidade da compressão e das relações. Conviver unidos na pluralidade, significa não deixar que as diferenças nos façam inimigos uns dos outros ou competidores, significa caminhar juntos respeitando as diferenças, mesmo delas discordando.

Em sua natureza a Igreja é UNA e MÚTIPLA, é impulsionada a viver em todas a nações, em todos os povos e nos mais diferentes contextos sociais, existenciais e espirituais. Como Igreja nós cristãos somos convidados a ser sinais e instrumentos de comunhão e de unidade (cf. Lumen Gentium) “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14).  A Igreja tem que ser a casa de todos, por isso que Ela é Católica e Universal, é o lugar onde devemos viver na unidade pela cultura do encontro.

Na unidade levaremos a chama viva da esperança, da paz, do amor para todos os povos. Como Igreja seremos reconhecidos pela forma viver a unidade, a partilha e o amor. Por isso nos deixarmos ser transformados pelo fogo do Espírito Santo, o qual, pelo nosso SIM, queimará tudo aquilo que rompe com a unidade entre o homem e Deus, o homem e a Igreja, o homem e o próximo. Viver a unidade é viver uma vida de doação, de entrega e de sacrifício.

Não tenhamos medo de viver e buscar uma vida de unidade e de comunhão. Deixemos que a presença e a graça de Deus transformem nossos corações, mesmo diante de nossas fragilidades humanas. Quem confia em Deus encontrará a verdadeira paz e alegria. Sejamos sinais de esperança e de unidade em nossa vida de Igreja.

 

Pe. Wender Souza dos Santos

filosofowender@hotmail.com / @pe.wender

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