A Paróquia tem sido um campo de estudo e chamado a atenção de toda a Igreja, principalmente tendo em vista a necessidade de promover uma Nova Evangelização, a Missionariedade e a implantação da IVC (Iniciação a Vida Cristã). Nessa perspectiva precisamos motivar, animar, estimular e formar nossas lideranças a partir de uma espiritualidade missionária e catecumenal, para que a mesma a luz da IVC possa, por meio dos segmentos que a formam – Pastorais, Movimentos, Ministérios, Serviços e Organismos – setores, entrar em um estado permanente de missão. Esta questão missionária da vida Igreja já foi nos dada pela Conferência de Aparecida, onde todos os batizados foram convidados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo. Porém, este sonho não pode ficar somente em um documento. É preciso torná-lo realidade no coração dos batizados por meio de uma catequese catecumenal (IVC), vivenciado em cada Paróquia, com as suas respectivas comunidades, de acordo com a sua realidade.
Por que a Paróquia? Porque é nela que se a realiza a integralidade da vida das comunidades, todas as atividades evangelizadoras da Igreja. É a partir dela que se pode trabalhar a vida comunitária, onde as lideranças de cada segmento celebrem, partilhem, convivam e se confraternizem, vivendo assim, a experiência da cultura do encontro. Para tanto, faz-se necessário que toda a estrutura da Igreja seja missionária, tendo como coluna central todos os trabalhos previstos pela IVC. Falar de “Paróquia Missionária”, às vezes, pode ser sinônimo de contradição, pois, a Igreja, por Natureza é Missionária. Nesse contexto, é preciso chamar a atenção para esta essência, que por uma razão ou outra está se perdendo em nossas igrejas. Falar de Paróquia Missionária é poder olhar para as suas comunidades vivas, independentemente da quantidade de batizados que as frequentam; as comunidades são feitas de pessoas e de relações, são os lugares onde o encontro com Deus, com os irmãos e irmãs, e consigo mesmo, acontece.
A Missão, parece ser algo tão simples, mas não é! Trata-se de uma questão do coração. Por isso, a importância de um bom acompanhamento catequético, no qual se insere todo o trabalho querigmático. Nesse servir voluntário, o missionário é alguém que de fato se apaixonou por Jesus. Somente um coração verdadeiramente apaixonado por Jesus é capaz de abraçar e viver a missão. A missão nasce do amor. Ela é caridade – um eixo da IVC. É encontro, diálogo, é procura em sua dinâmica, não excluir ninguém, está sempre em estado de saída, construindo pontes e levando a cultura da paz. São João Paulo II, na encíclica Redemptoris Missio, afirma: “impõe-se uma conversão radical de mentalidade para nos tornarmos missionários – isto vale tanto para os indivíduos como para as comunidades” (RM, nº 49). Nenhuma Paróquia, Comunidade e nenhum batizado deveria se opor a esta vida missionária, e sim abraçar, unir forças para que este processo de renovação aconteça verdadeiramente em nossas igrejas.
Pe. Wender Souza dos Santos
filosofowender@hotmail.com – @pe.wender
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