A internet nasce no ano de 1969 nos Estados Unidos como protótipo. Porém, somente no ano de 1983 ela passa ser oficial. Embora sendo uma descoberta tão recente em nível de história, a intensidade de seus avanços tem sido algo muito preocupante nos dias atuais, razão que a torna objeto de estudos. Voltando o olhar para o Brasil, pode-se dizer que mais de 65% da população brasileira tem acesso a internet. E, em nível de mundo temos mais de 5 bilhões de pessoas que, de alguma forma tem acesso à rede social.
Por várias razões, os governos têm incentivado as pessoas a mergulharem neste mundo tão complexo, utilizando como argumento a sua importância para ajudar na saúde e na educação, a ter uma conexão social para formação profissional e entretenimento. Nestes aspectos têm se razão. Entretanto, não convém fechar os olhos para os aspectos negativos da mesma, fazendo-se necessário desenvolver um trabalho para amenizar os seus danos, que por sinal são enormes. Segundo as pesquisas (We Are Social e Meltwater), o Brasil está entre os 04 países mais conectados do mundo, junto à China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
Atualmente, o ser humano tem gasto em média 09h30min por dia à frente das telinhas. No Brasil, o tempo médio é de 09h. Diante desta quantidade de tempo de conexão, havemos de nos preocupar com a imensa avalanche de estímulos que cada um recebe e absorve diariamente. Alguns outros dados alarmantes referem-se à quantidade de e-mails enviados a cada minuto: cerca de 230 milhões, 16 milhões de mensagens de texto e 347 mil tweets são postados em todo o mundo.
Sob a ótica da Psicologia, no que se trata sobre a saúde mental, os estímulos moldam os pensamentos, as emoções e os comportamentos das pessoas, bem como a forma de crer e viver a fé. As redes sociais, mediante os seus estímulos, têm influenciado muito o comportamento desta nova geração de ver, agir, crer, de se posicionarem diante de qualquer realidade de sua vida.
Embora não se tendo nenhuma comprovação científica em relação a tudo isso, temos algumas evidências que relacionam o uso excessivo das redes sociais a reações negativas na mente da pessoa e também na fé, como: aumento da depressão, ansiedade, estresse, redução ou piora na qualidade de sono, insatisfação consigo mesmo, diminuição da autoestima, comportamento automutilativo, suicídio, isolamento social, vazio existencial, vício (pornografia e outros), abandono e crise de fé, separações, vida oscilando entre o tédio e o ócio.
Pondera-se que as redes sociais estão controlando as pessoas, pois estas pessoas não têm consciência de seus ganhos e perdas. Nessa perspectiva, convidamos você a analisar a sua vida em relação às redes sociais, com este pequeno exercício: a) Quanto tempo você dedica diariamente as redes sociais? b) O que você tem ganho por conectar-se nas redes sociais? c) O que as redes sociais têm trazido de bom para a sua vida? d) O que você tem perdido por causa das redes socais? Diante destas simples perguntas, analise a sua vida, se está em equilíbrio. Se necessário, busque ajuda.
Por: Pe. Wender Souza dos Santos
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